viernes, 3 de abril de 2009

Poesia de Julia del Prado



Soy aquella




Soy aquella
que se pierde entre
las sombras de ese verano
que atomiza
que se sostiene en
esta vida hasta la llegada
de ese punto de salida.

Soy aquella
niña parada en la estación
a la espera del tren
y su bocína

Soy aquella
que no pide fechas
que alborota los cuadros
de un mañana dominguero
que duda de la historia
de mi Tierra de esa
de la mala de la fea

Soy aquella
la misma y otra
que vuelve a esta vida
como luz en su crisálida.

Soy muchas
más soy la misma.

Julia del Prado (Perú)

Traduccion al portugues del amigo y poeta Geraldes de Carvalho




Soy aquela



Sou aquela
que se perde entre
as sombras de esse verão
que pulveriza
que se sustem nesta vida
até à chegada
desse ponto de partida.

Sou aquela
menininha parada
na estação
à espera do trem
e do seu apito.

Sou aquela
que não pede datas
que amotina os quadros
de um amanhã dominical
que duvida da história
da minha terra
da sua má história
da sua feia história.

Sou aquela
a mesma e outra
que volve a esta vida
como a luz na sua crisálida.

Sou muitas mais
sou a mesma.
--------------------------------------------